Colocar-se a descobrir, ou melhor, a revelar aquilo que há muito tempo se tentava, mas por mero costume caia sempre em uma trivial historiográfica acerca do pensamento filosófico no Brasil, assim que o jornalista e escritor Roberto Gomes procurou em Crítica da Razão Tupiniquim (1977) abordar aquilo que deveria ser o genuíno pensamento filosófico brasileiro, aquilo que dentre tantas influências havia sobrado como criação, porém sem exigência de pureza, desta nação, mas não seria tão simples encontrar, pois caberia para o Brasil também uma definição enquanto escola filosófica? Faz parte do pensamento brasileiro o vício inquietante do pensamento europeu em definir as coisas postas no mundo, assim como definir o pensamento que define as coisas? Tudo isso foi tratado de uma forma brasileira, algo que buscou fora da filosofia formal, àquela que estamos habituamos encontrar na academia, algumas inquietações que pudessem ajudar a responder a pergunta inaugural: o que seria uma razã
Como as coisas mudam em certos aspectos e em outros a inércia impera. O Brasil mudou, avançou e quebrou alguns dogmas elitistas, no entanto, as raízes de certas mazelas ainda estão puxando riquezas que o mais profundo subsolo pode oferecer. O oligopólio da mídia superou as ondas progressistas e ainda está respondendo ao espectro conjuntural que transcende mais de um século. A Casa Grande ainda manda nos grandes jornais brasileiros, na verdade, os jornais são os instrumentos da velha elite que tenta impor seu domínio. O grande caso do momento é o livro “Privataria Tucana”, do jornalista investigativo multipremiado, Amaury Ribeiro Junior. O livro foi lançado na última sexta-feira, 9, pela Geração Editora e, apesar de não ter sido noticiado pela grande mídia, já é um fenômeno de vendas. Foram vendidos 15 mil exemplares em pouco mais de 24hrs, fazendo com que as livrarias que haviam rejeitado a obra, tivessem de correr atrás do prejuízo. Um novo lote de 50 mil exemplares irá chegar ainda
1. Introdução Theodor W. Adorno acreditava que quem defende uma cultura culpada e medíocre acaba se tornando cúmplice, tal qual aquele que rejeita por completo a cultura com sua indiferença, favorece a barbárie que ela poderá causar, desconstruindo, assim, a figura de crítico negativo ao propor um modelo de educação para uma Alemanha deprimida por intermédio de uma reivindicação do esclarecimento que visa uma autonomia, da mesma forma que Kant [1] formulou. No capítulo “Educação após Auschwitz”, de sua obra intitulada Educação e Emancipação, esclarece que a base na qual a civilização alemã projetou seu ideal de educação seria uma das causas que originaram o nazismo. Por este motivo, logo de início, afirma que a meta, de qualquer que seja a proposta educacional, a premissa que deve ser tomada é que a barbárie de Auschwitz [2] jamais deva ocorrer novamente. E Auschwitz, local de uma barbárie que deve ser evitada a todo custo, segundo o autor, deve ser sim debatida,
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