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Mostrando postagens de agosto, 2011

Mais um tiro na pouca “moral” que ainda existe

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Para aprofundar a decadência da ética e fomentar de forma acachapante o descrédito à nossa (ainda) pequena crença na suposta ética da velha mídia, veio-nos como um chute no traseiro em mais um dia do imenso porre de melancolia que o segmento (imprensa) sofre - a tentativa de invasão ao apartamento do ex-ministro e atual membro da direção do PT, José Dirceu, quebrou a fina vidraça que segurava os principais “calunistas” da tropa de choque das oito famílias que se intitulam donas da informação nacional. Agora quebrou o teto de vidro, e eles estão machucados, caídos no chão. Em um momento cujo grandes conglomerados midiáticos tentam criminalizar aquilo que é tido como avanço básico nos países desenvolvidos, que é o projeto do marco regulatório da mídia – projeto escrito pelo ex-ministro da comunicação social Franklin Martins no Brasil -, em um momento no qual Rupert Murdoch – barão da comunicação mundial -, é desmascarado na Inglaterra por práticas ilícitas na apuração das reportagens

As bandeiras da humanidade e suas convergências para conquistar para todos

As hastes da humanidade seguram muitas bandeiras, bandeiras dignas e essenciais para que possa alcançar o sentido mais pleno de sua existência: viver em harmonia com o planeta terra, com todos os homens e mulheres tendo os direitos da respeitosa estadia. Dos homens comuns aos responsáveis em tomar decisões determinantes para o destino da humanidade, o sentimento deve ser o mesmo: fazer pelo todo. Certa vez, o mexicano César Chávez disse: " Não podemos buscar realização para nós mesmos e esquecer-se do progresso e prosperidade para nossa comunidade. Nossas ambições precisam ser amplas o suficiente para incluir as aspirações e necessidades dos outros, pelo bem deles e pelo nosso próprio. " Os seres humanos que mais contribuem para o todo são aqueles que possuem o adereço amplitude, que faz o espírito se tornar largo, que abrange sentimentos fraternais aos seus iguais na mesma proporção daqueles que têm por si. Em sua Autopsicografia, o poeta português Fernando Pessoa disse que

Grande Sertão Veredas: uma obra imperdível

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Somos antropófagos por natureza, como disse Oswald de Andrade, e podemos, com este atributo, produzir obras ímpares que ostentam peculiaridades de todos e ao mesmo tempo somente nossas. Uma loucura só entendida em nosso continente, pois nem todos têm o “swing” que temos. A literatura é o terreno mais fértil para que idéias cozinhadas em culturas diversas aflorem para uma cultura específica, incorporando todos os adereços temáticos a esta, parecendo que sempre pertenceram àquele determinado contexto. Neste sentido, muitos elegeram a celebre obra “Grande Sertão Veredas’ do escritor mineiro João Guimarães Rosa (1908-1967) como a mais completa da literatura brasileira, tal afirmação goza da minha concordância, pois é a obra que usa das principais ferramentas literárias para descrever o cotidiano da “jagunçagem” da zona da mata, ou Vale do Jequitinhonha e suas veredas das Gerais, como muitas vezes é citado na obra. João Guimarães Rosa era um poliglota fantástico, e um exímio conhecedor da

Leci Brandão honra o seu passado e traz esperança para o futuro

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Nas andanças pelas redes sociais, me deparei com uma chula crítica à deputada Leci Brandão (PCdoB), nesta o sujeito se perguntava o que ela estava fazendo num vídeo em que aparecia com o deputado Pedro Bigardi (PCdoB) falando sobre a realização da copa do mundo no Brasil em 2014, afirmando que a mesma deveria estar em uma roda de samba e não na política. Conheço o autor da crítica, e sei que o mesmo a fez mais por ignorância do que por maldade embasada, mas mesmo assim não deixou de ser uma crítica preconceituosa. Acredito que ele não saiba do passado de Leci, de sua militância no movimento negro, nas religiões afro-descentes e no movimento de afirmação do samba na cultura nacional. Com certeza, o mesmo não tem acompanhado a atuação de Leci na Assembléia Legislativa (ALESP) em defesa das minorias, apresentando projetos e afirmando a presença da mulher em um contexto ainda muito machista. Quando eleita, Leci prometeu coerência. Nisto já ficou claro como serão os quatro anos da primei