Higienópolis: A nova batalha

Revolução francesa: a rebelião dos burgueses

Ainda existe luta de classes?
Os inimigos do socialismo científico marxista afirmam que Marx errou em colocar a economia como norte para explicar todas as discrepâncias da humanidade, sugerindo que não existe mais luta de classes no século XXI. O liberalismo de Adam Smith simplificou todo o processo, colocando o mercado como única solução para a humanidade. A ideologia marxista para estes, como o genial Vargas Llosa, morreu, quando caiu o muro de Berlim.
O oportunismo científico liberal ganhou musculatura e virou neoliberal, e tendo em Washington sua base, dissemina o fim da eficácia da análise marxista acabando com o conceito de luta de classes, exaltando aquilo que Marx denominou de “alienação”, limitando o proletariado no que se refere a tomar consciência naquilo que precisa fazer em prol da sua revolução.
 Todos os marxistas sabem que o discurso dos adeptos do Consenso de Washington é pura falácia, pois basta enxergar a penumbra para ver o quão forte é a luta de classes, que a cada dia se desdobra em um novo episódio.

O desdobramento do dia
A mais nova batalha da “Guerra de Classes” é o congelamento do projeto da estação de metrô que seria inaugurada na Rua Angélica, no bairro Higienópolis, em São Paulo. Para quem não conhece São Paulo, a Avenida Angélica é uma das mais tradicionais da cidade e corta boa parte do centro da cidade, ligando-o à região da Avenida Paulista.
Dentre os bairros que fazem margem à Avenida Angélica, está o elitista bairro de Higienópolis - reduto de muitos políticos e artistas-, tendo como ponto de encontro: o entojado Shopping Higienópolis.
Todos que andam em São Paulo sabem da necessidade do metrô alcançar aquela região. Sabendo do intento da prefeitura – que alguns anos atrás anunciou a necessidade de estabelecer uma estação naquele ponto -, a população “organizada” de Higienópolis organizou um abaixo-assinado, pedindo que não fosse instalada uma estação de metrô na nobre região, pois de acordo com uma moradora, traria pessoas “diferenciadas” para o bairro. Como se o aprthaid social-demográfico da cidade fosse constituído em lei.
Em repúdio a tal posição, os progressistas da cidade do igarapé do Tietê, vão organizar um churrasquinho em frente ao requintado shopping, para deixar claro que o eldorado de muitos nada mais é que mais um bairro da cidade e que, como todos, pertence aos paulistanos. O ato representará o repúdio à posição dos nobres moradores e servirá para pressionar a prefeitura para que a mesma retome o projeto de instalação da estação.
Não se trata de luta de classes? Caso não, o que é? A burguesia exige exclusividade, já as classes menos favorecidas exigem respeito aos seus direitos, uma parte luta por hegemonia e a outra por universalização. De que lado você está?  Eu vou ao churrasquinho.

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