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Mostrando postagens de abril, 2011

Pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff em homenagem ao Dia do Trabalho

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O que é ser militante?

Ser militante é assumir o papel que o diretor lhe designou nesta novela chamada vida. Ser militante é saber que todos têm posição - entendendo que você enxerga o mundo de uma fração dos 12.756 quilômetros de diâmetro do planeta, não podendo vê-lo por inteiro, mas sabendo que o inteiro existe. Ser militante é entender que quem está lá em cima não quer descer e quem tem fome quer comer. Ser militante é saber que alguém errou a equação no vestibular chamado humanidade, dando muito para poucos e pouco para muitos. Ser militante é saber que a prerrogativa do mundo dos fortes foi criada por alguém cego, que nunca enxergou que todos têm fraquezas e forças. Ser militante é saber que a máquina que exclui foi criada pelos privilegiados e que o privilégio é fruto do desabono de alguém. Ser militante é saber que existem maiorias e minorias dentre muitas possibilidades de diferença, seja étnica, religiosa, por gênero, por sexualidade, por nacionalidade, por faixa etária, dentre muitas outras, mas e

Lançamento da campanha “Banda larga é um direito seu!”

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PNBL: Um passo importante Na guerra da comunicação, o dia D será quando a regulamentação da mídia for aprovada, porém, como em toda guerra, existem batalhas preliminares a priori da batalha final, e a batalha da vez é pelo arranque do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O PNBL foi lançado em 2010 e refletiu em um importante passo rumo à democratização da comunicação. Mas, como em todas as conquistas dos últimos 8 anos, a sociedade civil – através dos movimentos sociais -, deverá estabelecer uma estratégia de cobranças a fim de garantir que os avanços prometidos ocorram no prazo estipulado. Segue abaixo as principais prerrogativas do PNBL: Acelerar a entrada da população na moderna Sociedade da Informação; Promover maior difusão das aplicações de Governo Eletrônico e facilitar aos cidadãos o uso dos serviços do Estado; Contribuir para a evolução das redes de telecomunicações do país em direção aos novos paradigmas de tecnologia e arquitetura que se desenham no horizonte futuro, bas

Mais um aumento na taxa de juros

Em mais uma reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária) foi decido que a taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) seria elevada, desta vez para 12%, resultando em um aumento de 0,25%. Trata-se do terceiro aumento no governo Dilma, algo que incomodou muito as correntes progressistas que elegeram a presidenta, pois a ação de controlar a inflação pelos juros é considerada uma medida ortodoxa de macroeconomia. De fato é, mas precisamos fazer uma leitura fria da situação para tentarmos entender, da maneira mais fundamentada possível, o que está levando a equipe do Banco Central (BC) e seu presidente, Alexandre Tombini, decidirem por tal medida. Eu continuo acreditando no espectro progressista da presidenta, e tento partir deste prisma para analisar esta medida, acreditando que a “independência” do Banco Central não existe mais, desde a saída do ex-presidente Henrique Meirelles. A taxa de juros do Brasil continua sendo a mais alta do planeta, e o capital especulativo é d

Lançamento da FrenteCom

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A Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular (FrenteCom) foi lançada ontem (19) no auditório Nereu Ramos na Câmara Federal. Principal idealizadora do projeto, a Deputada Luiza Erundina foi eleita coordenadora-geral, por unanimidade, pelos membros da comissão. Estiveram presentes na audiência de lançamento: a presidente da Frente Parlamentar Mista da Cultura, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ); a presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputada Fátima Bezerra (PT-RN); a secretária de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosane Bertotti; o representante da Associação dos Jornais do Interior de São Paulo (Adjori-SP), Carlos Baladas; o líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ); e o deputado Emiliano José (BA), representando a liderança do PT.    A FrenteCom tem como principal objetivo, fomentar o debate entre sociedade civil, governo e legislativo, sobre à regulamentação da mídia no Brasil, assim como comba

O Nome da Rosa

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Para iniciar meus comentários sobre cinema neste blog, decidi começar por um filme que tenho extrema afeição, em todos os aspectos, cinematográficos, históricos e literários. Vou começar pelo roteiro, que é uma adaptação do romance do escritor, filósofo, lingüista e bibliófilo italiano Umberto Eco. O romance O Nome da Rosa foi lançado em 1980. Na sétima arte, a obra ganhou adaptação em 1986 – sob a direção de Jean-Jacques Annaud, o mesmo diretor de Círculo de Fogo (2001) e produção e distribuição dos estúdios Warner Home Vídeo. Roteiro     A história se passa na última semana do ano de 1327, em uma abadia beneditina da Itália medieval, onde 7 monges morrem misteriosamente e o abade, preocupado, recorre aos franciscanos e aos inquisidores para enfrentar o suposto “mistério”. Um monge fransciscano renascentista, William de Baskerville, e seu aprendiz, Adso de Melk, são os protagonistas da história.   Os dois chegam ao mosteiro antes que os inquisidores, e começam trabalhar pela resoluçã

O sapo e o príncipe

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O jornalista Paulo Markun lançou em 2004 a obra “O Sapo e o Príncipe” em alusão às ascensões à presidência da república dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (FHC ou Farol de Alexandria) e Luiz Inácio Lula da Silva (Nunca Dantes ou “O Cara”). Fernando Henrique Cardoso é o príncipe, por sua suposta robustez intelectual devido à sua formação na famigerada Sorbonne em sociologia, e Lula é o sapo, por sua formação pouco adequada aos moldes de todos que ocuparam a cadeira da principal mesa do Palácio da Alvorada, tendo como profissão a função de torneiro mecânico. Muitos se alegraram com a obra de Mankun e adoram até hoje chamar o ex-presidente Lula de sapo. Porém, quem mais sofreu com tal título foi FHC, que aparentando uma espécie de Complexo de Estocolmo, não conseguiu se desvincular no título. O grande problema é que o sapo foi beijado pela princesa e hoje também é príncipe, e deste modo o príncipe mais velho sente-se obrigado a disputar a hegemonia do principado com seu contemp

Uruguai anula lei que anistiava crimes da ditadura

Reproduzo aqui o artigo da Luciana Bertola do Jornal Página 12 O Senado uruguaio aprovou na noite desta terça-feira o projeto interpretativo que anula a Lei da Caducidade. Durante 25 anos, essa norma impediu que fossem julgados os responsáveis por sequestros, torturas, desaparecimentos e assassinatos cometidos durante a ditadura que governou o país entre 1973 e 1985. Os opositores Partido Nacional e Partido Colorado votaram contra a iniciativa promovida pela Frente Ampla, que governa o país. Mas também houve discrepâncias dentro das fileiras dessa coalizão de centroesquerda. O histórico militante tupamaro Eleuterio Fernández Huidobro submeteu-se à disciplina partidária e votou a favor do projeto, mas anunciou que renunciava à sua cadeira. A sessão começou por volta das 10 horas da manhã e se estendeu até tarde da noite, quando a Frente Ampla fez valer seus 16 votos frente aos quinze da oposição. Independentemente de sua cor partidária, a maioria dos senadores tinha algo a dizer a res

Ceticismo moderno

Richard Popkin Tradução de Jaimir Conte O ceticismo moderno surgiu no séc. XVI com o renascimento do conhecimento e do interesse pelo antigo ceticismo pirrônico grego, que surge nos escritos de Sexto Empírico, e do ceticismo Acadêmico, apresentado em De Academica , de Cícero. O termo “cético” não foi usado na Idade Média e foi inicialmente apenas transliterado do grego. As obras de Sexto Empírico foram publicadas em latim em 1562 e 1569, e em grego em 1621. As edições do texto de Cícero apareceram no séc. XVI. A nova publicação destas obras aconteceu numa época em que uma questão fundamental a respeito do conhecimento religioso fora levantada pela Reforma e Contra-Reforma — como distinguir o verdadeiro conhecimento religioso de perspectivas falsas ou duvidosas? Erasmo negou que isto se poderia fazer, e aconselhou seguir os céticos, suspendendo o juízo e aceitando as opiniões da Igreja Católica sobre as questões em disputa. O tradutor de Sexto, Gentian Hervet, um padre católico, disse

I Encontro de Blogueiros Progressistas de SP

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70 lições de jornalismo: como aplicar o proposto

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Distanciando-se do conceito de imprensa, criado a partir de Gutenberg, o jornalismo adaptou-se, principalmente no ocidente, com a era neoliberal, onde valores morais, ideológicos e até mesmo os espirituais tornaram-se mercadoria – um processo inverso ao fetichismo marxista. Em terras tupiniquins, com o nosso capitalismo retardado – descrito com maestria por Celso Furtado -, o jornalismo entrou no contexto mercantil e ainda está, como a maioria esmagadora da imprensa mundial. Poucos veículos tratam a informação como prestação de serviço e exercício cívico, e em nosso país não é diferente. Um jornal é uma empresa no século XXI que consta no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), com as obrigações que qualquer corporação tem, independente do porte. Mas vale ressaltar que os jornais ainda têm espectro ideológico, porém, com outro intento, não mais filosófico como em outrora, mas mercantil, escolhendo um público-alvo e escrevendo para este. Na atual conjuntura, seguindo a tendência

Estadão e o “dinheiro fácil das centrais”

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Reproduzo aqui o artigo do blogueiro e presidente do Instituto Barão de Itararé  , Altamiro Borges, do Blog do Miro  . O oligárquico jornal O Estado de S.Paulo nunca disfarçou o seu ódio ao sindicalismo. Antes da consolidação do trabalho assalariado, ele publicava anúncios para a venda de escravos. Nas primeiras greves no Brasil, ele defendia a feroz repressão aos anarquistas. Já durante os governos de Getúlio Vargas, o jornal fez de tudo para derrubar o “pai dos pobres” e suas leis trabalhistas. No governo João Goulart, o diário pregou o golpe contra a “república sindicalista” e o “espectro comunista”.                     Estadão publicava anúncios de venda de escravos Na fase recente, embalado pelos dogmas neoliberais, o Estadão reforçou o sermão diuturno pelo cerceamento das atividades sindicais para “libertar o mercado”. O editorial de hoje (11) é mais um lance desta ofensiva. Como não dá para propor a cassação de mandatos e a prisão de dirigentes, o jornal agora defende a a