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Mostrando postagens de 2013

A consequência do discurso de Mujica

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Em recente discurso proferido na ONU, o presidente do Uruguai, Pepe Mujica, criticou o “deus mercado” abordando suas influências na busca de felicidade dos indíviduos da sociedade atual. Isto aplica-se à quase 90% das sociedades atuais, com poucas excessões de indígenas e outras etnias pelo mundo que seguem outra lógica de organização que fogem da influência do capitalismo. Isto está cada dia mais raro, pois o capitalismo, com suas formas de dominação através do mercado, das mídias e da indústria cultural, está tentando atingir a totalidade da forma humana de organização. Porém, as várias formas de crise que surgem e as fraturas que as mesmas vêm causando é a prova que a leitura hegeliana de Fukuyama está errada, a história não acabou e está nos primeiros capítulos ainda. Francis Fukuyama está longe de ser um inocente neste processo. Braço de Reagan, enquanto este foi presidente dos Estados Unidos, o nipo-estadunidense é um grande nome do neoconservadorismo criado pelo neo-li

Um conselho do meu amigo Benjamin

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Num breve instante, fala o que querem ouvir, Prum momento qualquer, renega o querer. Eis o salgado do existir, Viver sem poder sentir. O problema não é universal, Mais sim do material mundo da psique. Aquele que tu modela a sensação, De acordo com a percepção e não da afecção. Ora, ora, ora – vá-lha-me-deus, Se quiseres que tua genialidade seja reconhecida Crie e não reproduza. O pessimismo existe pra podermos existir, O culturalismo existe pra poder expandir, A idiotice persiste pra decadência sobreviver. 

Bumja mandando ver

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                Poucas vezes achei algo tão necessário quanto este texto no momento em que vivemos!

Onde está acontecendo a festa da modernidade?

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  Uma virada de pescoço pra trás e algumas perguntas: 1.Quem leu nas últimas semanas que os partidos de esquerda estavam atrasados na compreensão política? 2. Quem escreveu isto? 3. Quem tentou entender a real influência das redes sociais nas manifestações? 4. Quem acreditou depois dos fenômenos novos de mobilização apresentados que uma nova forma de atuar na política (pra esquerda) surgiria? Pois bem, muitas pessoas, inclusive eu, estavam se sentindo na missão de ajudar a escrever o tempo novo, tentando cooperar da melhor forma. Mas eis que o velho tempo bate na porta com alguns fatos: 1.O papa está no Brasil e todos, inclusive eu, acompanhando os passos do líder católico; 2. O novo herdeiro da família real inglesa nasceu e é o assunto do momento; 3. Fernando Henrique Cardoso foi convidado por muitos programas pra falar do novo tempo político; 4. O Partido Verde vem à televisão com uma chamada dizendo-se preparado pra suprir os novos desafios da esquerda. Se, pa

O nosso vandalismo de cada dia

Nas manifestações de junho, dezenas de centenas de milhares de pessoas estiveram nas ruas das principais cidades brasileiras. Ainda não se sabe quais serão os reais impactos políticos que teremos, pois muitas coisas foram faladas e algumas, infelizmente, estão com dificuldades de sair do plano das ideias. O principal argumento governista-palaciano quanto às críticas deu-se pelo chamado vandalismo. Descreveram sob tal conceito as ações de depredações que alguns grupos fizeram a prédios públicos e instituições privadas. Mas em quais circunstâncias o chamado vandalismo pode ser encarado como algo negativo? Quando uma população ataca agências bancárias – representação maior do capitalismo – a crítica de esquerda ainda sim deve considerar tais ações maléficas? O conceito de vandalismo vem do fato histórico do povo germânico, denominado Vândalo, que invadiu Roma e depredou obras arquitetônicas e de arte. Sendo assim, ficou denominado de vandalismo tudo aquilo que agredisse o belo

O mar está com toda a força, quem conseguirá navegar?

O assunto em voga está quase que batido, pois não são poucas as análises conjunturais em torno do mesmo, mas não podemos negar a importância do momento político no Brasil e nos debruçar sobre o tema As manifestações do chamado “Levante do Vinagre” já são, com certeza, um fato político histórico para o Brasil, principalmente no sentido quantitativo. Há quanto tempo não conseguíamos levar tantos jovens às ruas? Há quanto tempo não conseguíamos unir jovens da periferia e estudantes universitários em torno das mesmas causas? Os números impressionam nas capitais brasileiras, nas médias cidades brasileiras e até em cidades pequenas. Recordes de mobilizações foram quebrados em todo o país. Logicamente, tal êxito conseguiu ser logrado – rompendo barreiras históricas da mobilização popular – pela repercussão midiática que recebeu. Primeiramente num intento de deslegitimar o movimento com acusações de “vandalismo” pelas depredações que ocorreram e depois numa ação de cooptação, tentan