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Mostrando postagens de março, 2011

Um Jogo para não esquecer

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O futebol brasileiro tem em sua história datas memoráveis, e com certeza 27/03/2011 vai entrar para a lista dos dias a serem contados para todos aqueles que de alguma forma admiram o esporte do barbante e do couro. A 16ª rodada do Campeonato Paulista de 2011 nos rendeu o clássico entre Corinthians e São Paulo, o chamado Majestoso, que carregava antes desta partida um tabu, pois o São Paulo Futebol Clube não vencia o Corinthians há mais de 04 anos. Neste momento, o Corinthians ocupava a liderança da tabela com 34 pontos e o São Paulo ocupava a terceira colocação com 31 pontos. O clássico estava cheio de peculiaridades, e uma das principais se remetia ao fato do goleiro e capitão do São Paulo, Rogério Ceni, que poderia marcar o centésimo gol de sua carreira. Rogério já era, até então, o goleiro que havia marcado mais gols na história do futebol e chegar ao centésimo era considerado pelos principais cronistas como um feito tão ou mais simbólico que o milésimo gol do Rei Pelé. O Jogo O Jo

Reflexão sobre a rodada

A premissa pétrea que coloca o futebol como esporte favorito dos sul-americanos, pelo menos da massa, é a improbabilidade, ou a suposta improbabilidade, pois todos estão acostumados com surpresas no esporte do couro e do barbante, peripécias que suscitam nossa sanha e nos faz torcer cada vez com mais paixão. Nesta quarta-feira (22), em jogo válido pela 15ª rodada do Campeonato Paulista, o Paulista recebeu o São Paulo em Jundiaí, o líder do campeonato. Naquele momento, o Paulista ocupava a 8ª posição na tabela de classificação, e estava em um bom momento. Eu assisti alguns dos jogos do Paulista na Copa do Brasil e no Campeonato Paulista e não via possibilidade do atual elenco vencer os grandes. Acreditava que o melhor resultado a ser obtido pelo time de Jundiaí seria um empate, mas o Paulista ousou lutar e ousou vencer- citando Lamarca, e pelo placar de 3 a 2 – venceu o jogo.   Tal resultado relembrou os bons momentos (2002-2007) do time de Jundiaí; época que rendeu belas lutas de acess

Deixemos o Obama pra lá, a cá nos preocupemos com outras coisas

A UM PASSARINHO Para que vieste Na minha janela Meter o nariz? Se foi por um verso Não sou mais poeta Ando tão feliz! Se é para uma prosa Não sou Anchieta Nem venho de Assis Deixa-te de histórias Some-te daqui! (Vinicius de Moraes) Muito se tem discutido, analisado, desdenhado, banalizado, valorizado, desvalorizado e outras possibilidades do homem, sobre a visita que o presidente estadunidense, Barack Obama, está fazendo ao Brasil, em sua primeira viagem à América Latina. Obama chegou nesta sexta-feira (18). Minha análise quanto a este fato parece-me simplista, porém, não consigo formular qualquer outra inflexão sobre o tema, pois tenho dito em debates travados sobre diversos entraves de nossa atual conjuntura política, que a maior lição que podemos tirar do governo Lula, é de que há de existir uma distinção muito clara entre movimento social e governo. Os movimentos sociais servem para que as demandas do povo tenham força e o governo, em nosso contexto, tem, dentre muitas outras at

A fantasia de democrata está caindo

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“Se o PFL for o sinônimo de democracia no Brasil, eu deixo de ser democrata”                    (Ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva) A alcatéia dos lobos mais astutos do Brasil reuniu-se hoje (15) em seu segundo congresso para colocar em prática o plano de salvação da direita brasileira, o Democratas, antigo Partido da Frente Liberal (PFL), partido que sucedeu o Partido Democrático Social (PDS), descendentes da mãe ARENA, está tentando cauterizar a maior ferida de toda a sua história. A hemorragia tem sido aguda e a direita e o DEM estão em estado de isquemia, uma grande perda de sangue está sendo anunciada há algum tempo, as plaquetas sanguíneas da direita estão muito baixas, e a perda de sangue é eminente.   Os especialistas deram ao fenômeno o nome de Peculiar Doença Brassônica (PDB). Nos corredores do DEM, a PDB está tirando o sono de muitos lobos. Para resolver tal diagnóstico, os membros do partido designaram o Doutor Agripino Maia para presidir a comissão de análise e

Paradoxos

Texto de R. M. Sainsbury, com tradução de Aluizio Couto, retirado do sítio www.criticanarede.com  ; R. M. Sainsbury Tradução de Aluízio Couto Os paradoxos são divertidos. Na maior parte dos casos, são fáceis de enunciar e imediatamente nos instam a tentar “resolvê-los.” Um dos paradoxos mais difíceis de tratar é também um dos mais fáceis de enunciar: o paradoxo do mentiroso. Uma de suas versões pede-nos que consideremos o homem que diz “o que estou dizendo agora é falso.” É o que ele diz verdadeiro ou falso? O problema é que se ele diz a verdade, está verdadeiramente dizendo que o que diz é falso, dessa forma dizendo uma falsidade. Mas se o que está dizendo é falso, uma vez que isso é apenas o que diz estar fazendo, tem de estar falando a verdade. Assim, se o que diz é falso, é verdadeiro; e se é verdadeiro, é falso. Diz-se que esse paradoxo “atormentou muitos lógicos da antiguidade e causou a morte prematura de pelo menos um deles, Filetas de Cos.” A diversão pode ir longe demais. P

Parabéns Vai-Vai

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A música venceu, o refrão do samba enredo da Vai-Vai mexeu com todos no Anhembi e principalmente com aqueles que valorizam a arte no carnaval. Em tempos recentes, o tradicional desfile das escolas de samba deixou de ser sinônimo de arte, pois algumas escolas vêm cumprindo um papel oportunista nos últimos anos. Subtende-se que o desfile das escolas é a única oportunidade que algumas comunidades têm de expressar os anseios da população, porém, algumas agremiações estão cumprindo o script do luxo e perdendo a essência carnavalesca. O luxo não atrapalha, mas a falta de samba sim. Por isso, parabenizo a comunidade do Bixiga, pela exaltação do samba e da música, e viva o maestro João Carlos Martins.

O Morro dos Ventos Uivantes

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Depois de procrastinar por muito tempo, resolvi ler a célebre obra da literatura inglesa, “O Morro dos Ventos Uivantes”. Foi a última leitura fora do meu plano de leitura para este ano, por isso escolhi uma obra que – com certeza - encontraria prazer. Trata-se daquelas leituras que nos prendem e nos desperta ansiedade em virtude do desenrolar dos acontecimentos, que são surpreendentes e extremamente meticulosos. A exploração do sofrimento da humanidade, da sanha do homem pela maldade e pelo espírito satírico, são fundamentos pétreos do romance. O quesito “fluxo de consciência” é deveras utilizado pela autora, e por isso, o romance agrada românticos, frios e agnósticos.   A obra Escrito pela inglesa Emily Brontë, o romance Wuthering Heights ganhou no Brasil o título de O Morro dos Ventos Uivantes , na tradução de Rachel de Queiroz. A trama tem seu arcabouço em um triângulo amoroso, constituído por Heatcliff, Catherine Earshaw e Edgar Linton. Partindo pelo prisma freudiano, Heatcliff s