Desmascaremos Marina Silva
Muito mais do
que uma “Campanha do Medo” como tem acusado Marina Silva (PSB), Dilma Roussef
(PT) tem mostrado ao país o risco de uma pauta vazia que se ausenta de discutir
os dois projetos de país que ainda hoje estão vigentes, do enfrentamento do Brasil
Velho com o Brasil Novo e assim, desmascara o caráter neoliberal que a
candidatura de Marina Silva carrega.
Pode parecer
que o jargão “toda vez que alguém diz que não existe esquerda e direita este
alguém é de direita” é mais uma máxima de qualquer esquerdista, mas não é, pois
isto tem se mostrado como efetivo ao longo da história e pegando exemplos que
sempre se repetem ao longo da história, de forma alguma é incoerência colocar
como regra geral.
Ora, por que
a esquerda brasileira questiona Marina Silva? É simples, pois foi das lutas
populares que ela surgiu, foi do mesmo seio de efervescência política no Acre
de Chico Mendes e Osmarino que a jovem acreana se destacou. Por isso é
importante analisar a rejeição da mesma com o povo de seu estado e com os familiares de Mendes.
Sua saída do
PT não foi no período chamado “Mensalão” e ela entrou na justa defesa do partido
naquele momento, concordando com a alegação de perseguição política que a
maioria da esquerda brasileira fazia naquele período e ainda hoje faz se
fundamentando no caráter da denúncia e na forma de julgamento que o STF fez
quanto à AP470.
O que motivou
sua saída foi outra coisa, pois não admitiu que outro quadro petista fosse
escolhido para sucessão de Lula ao invés de seu nome. Entendi que após o
mutirão que fez contra o desmatamento ninguém mais tinha o prestígio
necessário, mas caiu do cavalo. Acusou, em 2010, Dilma Roussef por sua frieza e
tecnocracia, porém, esqueceu-se de avaliar a biografia da atual presidenta.
Estando
totalmente isolada em 2014 dos movimentos sociais e de quadros históricos da
esquerda, lembrando que em 2010 tinha o apoio de figuras como Leonardo Boff e
Frei Betto e após tentar ocupar o espaço vazio da nova direita com a Rede
Sustentabilidade, fica refém dos apoios de banqueiros e da elite paulistana
quatrocentona, por exemplo.
Dilma acusou
Marina de usar frases de efeitos, com isto a frase do italiano Antonio Gramsci
de que “A alma não se salva só com palavras. São necessárias
obras, e como!” , pode ser empregada em todos os posicionamentos da candidata
que tenta pintar de progressista a pauta neoliberal.
Sua proposta
de cortar ministérios foi respondida com a pergunta simples: quais? E a
resposta ficou vaga. Mas todo desafio
tem seu sentido, o da hora é que o projeto neodesenvolvimentista precisa
radicalizar na relação com os movimentos populares, pois serão estes que irão sustenta-lo.
Sua ideia de independência
do Banco Central em nada tem a ver com a autonomia operacional presente, mas
sim com o fim da intervenção do governo, deixando-o a serviço do mercado, pois
o Grupo Itaú está conseguindo apoios à mesma e já cobra esta fatura.
Enfim, desmascaremos
Marina Silva!
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