2 x 2: Eu já havia visto este filme



Nada como esperar o amanhã. É assim que começo minha análise quanto ao desempenho da seleção brasileira dirigida por Mano Menezes na Copa América, onde o técnico gaúcho fez tudo o que “todos” queriam, pois convocou a dupla dinâmica santista e a jóia são-paulina.
Assistindo o jogo, percebi o quão inconcebível é que nomes como Hernanes e Kleber estejam fora do time que está disputando a competição na Argentina. Por mais que o Fred tenha feito o gol de empate, e o Ramirez tenha jogado relativamente bem, quem acredita que os dois superam Hernanes e Kleber? Mas se trata da opinião do técnico, e quem convoca é ele.
A crônica esportiva é normalmente muito criticada pelos jogadores, técnicos e cartolas de futebol, pelo sensacionalismo que pratica em momentos de derrota, o que eles esquecem é que é o mesmo sensacionalismo que traz a glória nos momentos de vitória.
Não estou defendendo a prática sensacionalista, só estou dizendo que o futebol, sendo um esporte que atinge o senso comum – necessita deste recurso midiático, ou então, atingirá as mesmas proporções que o basquete e o voleibol atingem, por exemplo.

Mano esqueceu de respeitar seus “hermanos”

A grande imagem do jogo foi o técnico Mano Menezes trocando provocações com a torcida. Trata-se de um papel lamentável, pois mostrou sua arrogância e inflexibilidade, na postura de querer que todos aceitem suas concepções de futebol e que não vai ouvir os questionamentos de ninguém. O fato é que o seu time está sem padrão de jogo, e até agora não mostrou possibilidades de reação, pois não tem organização tática.

O jogo

A seleção brasileira apresentou um futebol apático, em uma estratégia que minou até seus maiores talentos e expôs suas maiores deficiências. Neymar e a dupla de aves Pato e Ganso não mostraram o futebol que todos esperavam, onde o primeiro foi muito abaixo do esperado. O lateral Daniel Alves desempenhou um papel pífio, onde não apoiou e foi um desastre na marcação. O esquema de jogo do técnico Mano Menezes é o mesmo utilizado nos tempos de Corinthians, com excesso de toques de bola e baixa objetividade.
A defesa continua sólida, com exceção dos laterais, pois o lateral-esquerdo André Santos também foi mal na cobertura.
Em suma, o Brasil dependeu muito das jogadas pelo meio, e enquanto o meia Paulo Henrique Ganso não esteve bem, o time também não esteve.

Erro de estratégia

O planejamento do técnico Mano Menezes fez com que o Brasil ficasse refém de três jogadores, sendo que poderia ter mais opções, pois se em 70 tínhamos Rivelino e Tostão, nas suas devidas proporções, temos que ter um reforço na armação em caso de baixa produtividade de Paulo Henrique Ganso, e sinceramente não acredito que o Jadson seja o nome correto. Minha sugestão é: Hernanes.

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