Considerações acerca de Educação Após Auschwitz
1. Introdução Theodor W. Adorno acreditava que quem defende uma cultura culpada e medíocre acaba se tornando cúmplice, tal qual aquele que rejeita por completo a cultura com sua indiferença, favorece a barbárie que ela poderá causar, desconstruindo, assim, a figura de crítico negativo ao propor um modelo de educação para uma Alemanha deprimida por intermédio de uma reivindicação do esclarecimento que visa uma autonomia, da mesma forma que Kant [1] formulou. No capítulo “Educação após Auschwitz”, de sua obra intitulada Educação e Emancipação, esclarece que a base na qual a civilização alemã projetou seu ideal de educação seria uma das causas que originaram o nazismo. Por este motivo, logo de início, afirma que a meta, de qualquer que seja a proposta educacional, a premissa que deve ser tomada é que a barbárie de Auschwitz [2] jamais deva ocorrer novamente. E Auschwitz, local de uma barbárie que deve ser evitada a todo custo, segundo o autor, deve ser sim debatida,