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Capitães da Areia: O nosso ‘O Germinal’

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Uma obra para se ter, para sempre ler e reler e nunca [nunca] esquecer. Nosso ‘O Germinal’ é Capitães da Areia de Jorge Amado. Uma obra que prende o mais longínquo traço do plasma que cada ser humano carrega consigo. Um romance escrito com a mais qualificada pena marxista da Bahia, que contribuiu ao nosso país de maneira inegável. Abriu os olhos de uma sociedade baiana pré-Carlista e muito excludente. Um retrato verossímil da vida cruel de crianças que nasceram excluídas e viveram soltas, jogadas à sorte na realidade sádica de uma sociedade hipócrita e desigual, cuja única defesa e chance de vingança era roubar, e por isso, foram demonizadas pelos bons costumes. Cada menino mantinha um senso heróico macunaímico dentro de si, pois cumpria a missão de sobreviver e se proteger tendo a malandragem como única ferramenta.  A turma que vivia em um Trapiche abandonado era chefiada por Pedro Bala, um galego no meio de garotos negros e pardos que tinha uma perspicácia que o fazia parecer t